Internacional debate SAF

Primeiramente, o debate sobre transformar o Internacional em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) voltou com força ao Beira-Rio. Assim, a direção colorada vê na mudança uma alternativa para reduzir dívidas e manter o clube competitivo em cenário nacional e internacional.

Nesse contexto, a grande questão já surge de imediato: até que ponto os dirigentes e torcedores estariam dispostos a abrir mão de parte do controle político e associativo em troca de estabilidade financeira e maior capacidade de investimento? Essa é a dúvida que divide conselheiros e movimenta os bastidores.

Portanto, para embasar a discussão, um dos exemplos observados é o modelo em construção pelo Fluminense. Diferente de outros clubes que entregaram quase todo o comando a investidores estrangeiros, o Tricolor Carioca desenhou um formato peculiar, preservando participação relevante de seus sócios e dirigentes históricos.

Como deve ser o projeto da SAF no Inter?

O projeto prevê que 15 torcedores milionários comprem as cotas da SAF. Essegrupo de empresários criaria um fundo majoritário, enquanto a associação ficaria como acionista minoritária.

Entre os nomes cogitados, figuram pessoas de grande influência, como André Esteves (BTG Pactual), Thiago De Luca (Frescatto), José Zitelmann (Absoluto Partners) e representantes da tradicional família Almeida Braga, ligada à Icatu Seguros.

Alessandro Barcellos, presidente do Internacional – Foto: Reprodução/SCI

Exemplo do Fluminense

Por fim, as metas do Fluminense chamam atenção: investimento inicial robusto, garantias de pagamento nos primeiros anos, a construção de uma das folhas salariais mais altas do país, além da gestão da base, do CT de Xerém e do futebol feminino. O pacote inclui ainda a assunção da dívida bilionária de R$ 865 milhões.

No Internacional, esse modelo desperta curiosidade e serve como referência de estudo. Entretanto, permanece a interrogação: os colorados aceitariam replicar um formato que exige abrir mão de poder para obter estabilidade financeira?