MP nega pedido da defesa de Bruno Henrique
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Enquanto o Flamengo se prepara para enfrentar o Bayern de Munique pelo Mundial de Clubes, inclusive com má notícia envolvendo o árbitro da partida, um de seus principais jogadores ganhou motivos extras para preocupação.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) decidiu manter a fiança de R$ 2 milhões imposta ao atacante Bruno Henrique, do Flamengo. A medida, relacionada a um inquérito que apura possível envolvimento do jogador em manipulação de resultados esportivos, havia sido contestada pela defesa, mas o órgão entendeu que a cobrança era justificada e necessária para garantir a continuidade da investigação.
Recurso apresentado pela defesa
A defesa de Bruno Henrique apresentou um recurso alegando ausência de requisitos legais para a medida cautelar. No entanto, o MPDFT citou o artigo 319, inciso VIII, do Código de Processo Penal como fundamento para a manutenção da fiança, afirmando que ela é adequada para assegurar o comparecimento do jogador aos atos do processo e impedir qualquer tipo de prejuízo à condução da apuração.
No parecer, a promotoria apontou que a rotina profissional do atleta, marcada por constantes compromissos no Brasil e no exterior, gera “inegável incerteza” sobre sua disponibilidade. Diante disso, a fiança foi classificada como “proporcional e adequada ao caso”, diante da relevância e da complexidade das investigações em curso.
Relembre o caso envolvendo o atleta do Flamengo
A investigação contra Bruno Henrique ganhou notoriedade com a Operação Spot-Fixing, deflagrada após suspeitas de que o atacante teria recebido propositalmente um cartão amarelo em partida contra o Santos, no dia 1º de novembro de 2023. A suspeita é de que familiares e amigos, cientes da ação, teriam apostado em casas de apostas para lucrar com o evento.
Mensagens extraídas do celular do irmão de Bruno Henrique reforçam a suspeita, com trechos em que o próprio jogador indica estar “pendurado” e orienta o momento ideal para receber o cartão. Segundo a Polícia Federal, os lucros dessas apostas, feitas por pelo menos dez pessoas ligadas ao jogador, chegaram a R$ 5 mil por bilhete, em sites como Kaizen Gaming, GaleraBet e Betano.
O atleta foi formalmente indiciado pela Polícia Federal em abril deste ano, enquanto o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) também conduz uma apuração no âmbito esportivo. Bruno Henrique já prestou depoimento por videoconferência ao tribunal, e sua defesa solicitou arquivamento do caso, além de pedir que a tramitação passe da Justiça Distrital para a Justiça Federal.
Mesmo diante do avanço das investigações, o Flamengo segue mantendo o jogador no elenco principal. O clube ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas reforça internamente o compromisso com a presunção de inocência. A depender do desfecho judicial e das decisões do STJD, Bruno Henrique poderá enfrentar sanções severas, tanto no campo criminal quanto no esportivo.
