Mudanças promovidas por Cuca
O Atlético-MG entrou em campo nesta quarta-feira (27), na Arena MRV, para encarar o Cruzeiro no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Com oito alterações em relação à derrota para o São Paulo no fim de semana, Cuca armou o time com novidades, especialmente no ataque, onde optou por Dudu para atuar ao lado de Hulk e Tomás Cuello. No entanto, a estratégia não surtiu efeito, e o Galo foi derrotado por 2 a 0, em uma atuação marcada por erros individuais e escolhas questionáveis.
A principal surpresa de Cuca foi a presença de Dudu entre os titulares. A ideia era dar mais profundidade e velocidade pela direita, mas o atacante precisou recompor constantemente, o que comprometeu seu desempenho.
Mesmo assim, Dudu foi um dos mais participativos até ser substituído, decisão que gerou críticas, já que o atleta vinha sendo uma das poucas válvulas de escape. Outro ponto de insistência foi manter Cuello aberto pela esquerda, posição em que novamente não rendeu o esperado.
Na defesa, a ausência de Lyanco seguiu pesando. Junior Alonso reassumiu a titularidade ao lado de Vitor Hugo, mas a dupla encontrou dificuldades diante da movimentação de Kaio Jorge e Matheus Pereira. O Cruzeiro soube explorar os espaços e abriu o placar com um golaço de Fabrício Bruno, que acertou um chute de fora da área. O golpe final veio no segundo tempo, quando Kaio Jorge ampliou após boa jogada pela esquerda.
No meio-campo, Gustavo Scarpa retornou ao time e foi responsável por organizar algumas das melhores jogadas do Atlético, mas acabou substituído por Reinier quando ainda parecia ter fôlego. A decisão de Cuca em retirar também Dudu e apostar em Rony não surtiu efeito, deixando Hulk cada vez mais isolado. O time até teve momentos de posse de bola no campo ofensivo, mas pecou na criação e viu suas tentativas pararem na defesa cruzeirense.
O cenário expõe um dilema para o treinador: sua proposta de jogar de forma ousada, pressionando o rival, esbarra em escolhas que fragilizam a consistência da equipe. A tentativa de surpreender com Dudu foi válida, mas a execução das substituições deixou o Galo sem criatividade nos minutos finais, exatamente quando precisava reagir. Além disso, a vulnerabilidade na saída de bola quase custou mais caro.
Situação do Atlético-MG
No cenário atual, o Atlético-MG chega bastante pressionado para o jogo de volta contra o Cruzeiro, já que precisa reverter a desvantagem de dois gols. Para avançar às semifinais da Copa do Brasil, o Galo terá de vencer por três gols de diferença no tempo normal. Se ganhar por dois gols, a decisão será nos pênaltis.
