Botafogo e Vitória empatam em partida intensa
Botafogo e Vitória protagonizaram um duelo movimentado e truncado no Nilton Santos, mas o placar não saiu do 0 a 0. O jogo, válido pela rodada do Campeonato Brasileiro, teve bom volume ofensivo, alternância de domínio e várias chances criadas, especialmente pelo lado alvinegro. Ainda assim, a pontaria deficiente e boas atuações defensivas garantiram o empate sem gols.
Desde o início, o Botafogo mostrou sua proposta sob o comando de Davide Ancelotti: um time propositivo, com linhas adiantadas, laterais bem abertos e meio-campo com dinâmica.
Como foi o jogo no Brasileirão
O técnico italiano apostou em uma pressão constante sobre a saída de bola do Vitória, buscando aproveitar erros e acelerar o jogo com Savarino, Artur e Arthur Cabral. O time criou boas oportunidades, principalmente em bolas aéreas e finalizações de fora da área, mas pecou nas conclusões.
Arthur Cabral foi o mais acionado e quase abriu o placar em pelo menos três lances, incluindo uma cabeçada na trave ainda no primeiro tempo. Marlon Freitas e Savarino também participaram ativamente das tramas ofensivas, com passes em profundidade e tentativas de infiltração. A primeira etapa terminou com o Botafogo dominante, mas ainda sem furar a defesa bem postada do time baiano.
Na volta do intervalo, Ancelotti promoveu mudanças com a entrada de nomes como Santiago Rodríguez, Joaquín Correa e Gregore, mantendo o padrão de jogo intenso e ofensivo. A ideia era renovar o fôlego e dar mais fluidez ao meio-campo, o que funcionou parcialmente: o time seguiu presente no campo adversário, mas esbarrou em erros no último passe e em finalizações bloqueadas.
Apesar das chances criadas, o jogo foi marcado por muitas faltas, cartões e paralisações por lesão. Foram diversas interrupções que tiraram o ritmo da partida e obrigaram os técnicos a queimarem substituições de forma antecipada. O Botafogo perdeu Alex Telles e Savarino, enquanto o Vitória teve que trocar Renato Kayzer e Zé Marcos por questões médicas.
Ancelotti esbarra na falta de efetividade
Do ponto de vista tático, Davide Ancelotti demonstra uma filosofia clara baseada na posse, ocupação de espaços e pressão pós-perda, inspirada nos conceitos modernos europeus. Contudo, a equipe ainda sofre com a falta de precisão nas decisões finais, especialmente contra adversários mais fechados. A ausência de um meia mais criativo e a dependência de jogadas pelos lados também limitam o repertório ofensivo.
O empate sem gols deixa a sensação de frustração para o Botafogo, que teve o domínio territorial e a maior parte das finalizações, mas não conseguiu converter em vantagem. Já o Vitória sai satisfeito com o ponto conquistado fora de casa, sustentando o empate diante da pressão alvinegra. Ancelotti, por sua vez, terá como missão ajustar a pontaria do time e buscar alternativas mais contundentes para furar defesas organizadas nas próximas rodadas.
