Dívida do Atlético-MG com o Cuiabá
Na manhã desta sexta, a Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD) decidiu que o Atlético-MG deverá pagar R$ 4.618.709,38 ao Cuiabá em razão da negociação do atacante Deyverson, atualmente no Fortaleza. Além disso, o clube mineiro terá que arcar com R$ 228 mil referentes a honorários advocatícios.
Contudo, a decisão ainda permite recurso por parte do Galo. O clube tem 10 dias para apresentar contestação. Se o Atlético não recorrer, o clube terá de cumprir a sentença integralmente. Procurada, a diretoria atleticana informou que está analisando a possibilidade de recorrer.
Em nota, o Atlético-MG reforçou que cumpriu a primeira parcela da negociação de forma rigorosa e buscou efetuar amigavelmente o pagamento da segunda, mas afirma que o Cuiabá optou por litigar em vez de encontrar uma solução consensual, prática comum entre clubes da Série A.
Atrasos nas parcelas
O negócio envolvendo Deyverson ocorreu na janela do meio do ano passado, com valor total de R$ 4 milhões parcelados em cinco vezes. O Galo quitou a primeira parcela de R$ 500 mil, mas atrasou as quatro parcelas seguintes, também de R$ 500 mil cada.
Aliás, o Cuiabá notificou extrajudicialmente o Atlético-MG em 17 de setembro de 2024, estabelecendo um prazo de 20 dias para a regularização do pagamento. Como o Atlético não pagou até 7 de outubro, o Cuiabá levou o caso à CNRD. No início deste ano, o Atlético vendeu o atacante ao Fortaleza.
Portanto, com o descumprimento do acordo, o Atlético considerou automaticamente vencidas todas as parcelas restantes de 2025. Assim, o Atlético-MG terá que quitar o montante total em uma única vez, que, com juros e multas, chega a aproximadamente R$ 4,055 milhões.
Nota oficial do Galo
“O Atlético foi intimado da Sentença Arbitral proferida pela CNRD e avaliará a interposição de Recurso. Oportunamente, ratifica o Atlético ter cumprido rigorosamente com o pagamento da primeira parcela devida pela transferência do Atleta Deyverson e buscou amigavelmente promover o pagamento da segunda parcela, o que foi rejeitado pelo Cuiabá, que optou pelo litígio no lugar da solução consensual e amigável comum entre Clubes da Série A.”
