Tiago Nunes vira assunto

O Botafogo viveu mais uma decepção dentro de campo. O time foi eliminado da Copa Libertadores nesta quinta-feira (21), ao perder por 2 a 0 para a LDU, do Equador, no jogo de volta das oitavas de final. O Glorioso precisava apenas de um empate, já que havia vencido a partida de ida por 1 a 0.

O confronto também marcou o reencontro do clube com o técnico Tiago Nunes, que comandou a equipe em 2023 após a saída de Bruno Lage, mas permaneceu por pouco tempo e acabou demitido no início da temporada seguinte. Fora das quatro linhas, uma notícia envolvendo o treinador voltou a movimentar os bastidores.

Entrou na justiça

De acordo com informações do GE, Tiago Nunes entrou na Justiça contra o Botafogo, alegando falta de pagamento de um acordo firmado após sua saída. O técnico assumiu o comando do clube em novembro de 2023 e foi demitido em fevereiro de 2024. Dois meses depois, em abril, as partes fecharam um acordo para a quitação de aproximadamente R$ 2 milhões, divididos em seis parcelas, referentes à multa rescisória e vencimentos pendentes.

No entanto, apenas a primeira parcela e o depósito do FGTS foram quitados. Sem avanços nas tentativas de contato, a defesa do treinador acionou a 74ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro em dezembro de 2024.

No processo, o Botafogo alegou dificuldades financeiras para justificar o não cumprimento do combinado. Uma audiência de conciliação foi realizada em 30 de abril deste ano, mas não houve acordo.

QUITO, ECUADOR – AUGUST 21: Head Coach Tiago Nunes of LDU Quito gestures during the Copa CONMEBOL Libertadores 2025 match between LDU Quito and Botafogo at Estadio Rodrigo Paz Delgado on August 21, 2025 in Quito, Ecuador. (Photo by Franklin Jacome/Getty Images)

Aumentou a dívida

Três meses depois, saiu a sentença em primeira instância e o Botafogo foi condenado a pagar R$ 3,7 milhões ao treinador. Na última semana, o clube recorreu da decisão, e a definição final deve sair em cerca de seis meses.

O momento extracampo agrava ainda mais a crise do Glorioso. John Textor inclusive, corre o risco de perder o controle da SAF. O empresário tenta recomprar a gestão através de uma empresa registrada nas Ilhas Cayman, mas o acordo ainda não foi concretizado.