Com problemas internos

O Botafogo segue em altos e baixos na temporada e, nesta quinta-feira (21), acabou sendo eliminado da Copa Libertadores após perder para a LDU por 2 a 0, em Quito, pelo jogo de volta das oitavas de final. O time carioca havia vencido a ida no Rio de Janeiro por 1 a 0 e jogava pelo empate, mas não conseguiu segurar a pressão dos equatorianos, somada à altitude.

Além da queda em campo, o clube enfrenta sérios problemas nos bastidores. A crise envolve diretamente a SAF alvinegra e o controlador John Textor, que busca recomprar a participação da Eagle Football Holding. O norte-americano estruturou uma nova empresa nas Ilhas Cayman, com a intenção de utilizar o veículo para assumir o controle e capitalizar a operação.

Não garantiu a ajuda

Segundo informações publicadas pelo portal O Globo, a principal aposta de Textor para financiar essa nova fase era contar com o aporte do empresário grego Evangelos Marinakis, dono do Nottingham Forest, da Inglaterra.

O dirigente europeu, no entanto, ainda não garantiu que fará o investimento. Apesar de ter se reunido com representantes do Botafogo e da SAF, Marinakis permanece analisando os riscos e benefícios da operação antes de tomar uma decisão definitiva.

Enquanto isso, Textor segue em negociação com a Eagle, mas encontra resistência. Representantes da holding afirmam que, na visão dos diretores, o norte-americano demonstra interesse em recomprar o Botafogo, porém não possui dinheiro suficiente para concretizar o negócio.

RJ – RIO DE JANEIRO – 26/07/2025 – BRASILEIRO A 2025, BOTAFOGO X CORINTHIANS – John Textor CEO do Botafogo durante partida contra o Corinthians no estadio Engenhao pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Perto do colapso?

A situação interna é considerada delicada. Em documentos anexados ao processo que tramita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) contra a Eagle Football Holding, a SAF do Botafogo alertou para o risco de colapso financeiro caso Textor não consiga captar os 100 milhões de euros (cerca de R$ 638 milhões) previstos por meio da Eagle Cayman.

Esses valores seriam fundamentais para o pagamento de dívidas e manutenção das obrigações do clube. Um laudo elaborado pela Meden Consultoria, a partir da análise do balanço do primeiro semestre de 2025, revelou que o Botafogo acumula quase R$ 1 bilhão em dívidas, boa parte relacionada a transações de contratações de jogadores.