Volante do Botafogo foca em sequência
Na preparação para o confronto Vitória x Botafogo, Danilo retomou à Bahia pela primeira vez desde seu retorno ao futebol brasileiro. Contudo, sua visita ao estado natal vai muito além da memória afetiva: o volante do Botafogo terá a oportunidade de consolidar sua retomada física e técnica após sucessivas lesões. Assim, ele deixou claro que seu foco principal envolve ampliar sua minutagem nas rodadas finais do Brasileirão.
Em seguida, Danilo recordou a trajetória marcada por problemas físicos recentes. Ele disputou apenas 11 partidas desde que chegou ao Botafogo, em julho de 2025, após longa recuperação de uma fratura no tornozelo sofrida enquanto atuava no Nottingham Forest. Portanto, a reincidência de uma lesão na coxa esquerda, já no Brasil, ampliou seu desafio pela continuidade. “Tive uma lesão grave na temporada passada, lá na Inglaterra. Não pude ter sequência e agora tô conseguindo ter essa minutagem. Acho que vai me ajudar lá na frente”, afirmou.
A partir daí, Danilo destacou que o retorno ao time contra o Santos representou um marco emocional importante. Ele também reforçou confiança absoluta em seu potencial, mesmo após a longa ausência. “Eu confio muito em mim. O valor que foi pago é pelo que eu mostrei desde que surgi no futebol brasileiro e na Europa. O importante é eu estar focado em trabalhar e ajudar o Botafogo a vencer”, disse, reforçando que o investimento de 22 milhões de euros não altera sua postura.
Substituir Gregore não é prioridade
Apesar das expectativas externas, Danilo afirmou que não pretende disputar a função de “camisa 5” deixada por Gregore, negociado com o Al-Rayyan. Contudo, ele reconheceu que o debate persiste. Ao comentar o tema, adotou tom leve: “O professor é quem escala. Graças a Deus, consigo jogar bem nas três posições, mas é a opção do professor. Onde ele me colocar, vou estar preparado”.
Além disso, o jogador analisou a nova identidade da equipe sob comando de Davide Ancelotti. Segundo ele, o Botafogo atual se apoia em mobilidade e construção, enquanto times anteriores tinham dinâmica distinta. “Agora, com o professor Ancelotti, é um time que propõe bem mais o jogo. Temos bem mais mobilidade com as peças que temos no meio”, avaliou, reforçando que a ausência de um “pegador” no estilo Gregore já não limita o modelo atual.
Portanto, Danilo considera que o estilo de marcação não depende exclusivamente de um jogador, e sim de um comportamento coletivo. “Acho que a marcação, se a gente não tiver uma pressão dos 11, não vai adiantar nada ter um ‘pitbull’ lá atrás. No Palmeiras, a gente não tinha. Tínhamos os 11 que marcavam e atacavam”, explicou, citando a vitória recente sobre o Vasco como exemplo.
Disputa no meio e adaptação ao novo modelo
Em outro momento, o volante reiterou que não se prende a rótulos como “5”, “8” ou “10”. Para ele, o Botafogo construiu um meio-campo dinâmico justamente porque vários jogadores conseguem desempenhar funções diferentes. Assim, a transição de treinadores, elenco e ideias explicaria a mudança estrutural que impactou sua própria adaptação.
Por fim, Danilo conectou sua busca pessoal ao momento competitivo do clube. O Botafogo ocupa a sexta posição do Brasileirão com 51 pontos e, portanto, depende de um triunfo sobre o Vitória para retornar ao G-5 e se aproximar da vaga direta na Libertadores. Dessa forma, o volante vê o cenário ideal para consolidar seu retorno e contribuir de maneira decisiva na reta final do campeonato.
