Santos vive tarde de tensão e explosão na Vila Belmiro
A Vila Belmiro reviveu um ambiente de decisão, com ruas tomadas por bandeiras, cânticos e sinalizadores desde cedo. O Santos, empurrado por uma torcida que transformou o estádio em um verdadeiro caldeirão, entrou em campo pressionado e emocionalmente carregado. Do outro lado, o Palmeiras apresentou uma formação alternativa, mas ainda assim buscava somar pontos para seguir firme na disputa pelo título nacional.
Reclamações e ritmo intenso desde o início
Logo no começo da partida, o lance mais comentado da rodada ganhou destaque nas redes sociais. André Rizek opinou sobre o possível pênalti em Maurício e provocou debate ao afirmar: “Aqui na minha TV pareceu bem pênalti. E na de vocês?”. A resposta em campo veio com um duelo frenético. Neymar, participativo desde os primeiros minutos, sofreu faltas, criou investidas e comandou boa parte das ações ofensivas. A torcida vibrou, reclamou e empurrou o time em cada jogada, enquanto os visitantes tentavam explorar contra-ataques rápidos, especialmente pelas arrancadas de Bruno Rodrigues e Raphael Veiga.
Pressão crescente e chances claras dos dois lados
O Santos encontrou seu melhor caminho pelo corredor direito, onde Igor Vinícius e Barreal acionavam Neymar constantemente. As jogadas resultaram em finalizações perigosas, escanteios e defesas importantes de Carlos Miguel. O Palmeiras respondeu na mesma intensidade, exigindo boas intervenções de Gabriel Brazão. Guilherme, artilheiro da equipe na temporada, quase marcou em dois chutes fortes que levaram perigo à meta alviverde. Nos minutos finais do primeiro tempo, o Peixe esteve muito perto de abrir o marcador, mas Khellven salvou em cima da linha a melhor chance gerada por Zé Rafael após cobrança de escanteio de Neymar.
Na volta do intervalo, o Palmeiras aumentou o ritmo e levou perigo com Luighi, obrigando Brazão a fazer defesas fundamentais. O Santos tentou equilibrar com finalizações de Willian Arão e combinações rápidas entre Neymar e Robinho Jr., que entrou inflamando a arquibancada. O jogo ganhou intensidade máxima, com chances claras para ambos os lados. Flaco López quase marcou em duas oportunidades, mas falhou na conclusão.
O Santos respondeu com Victor Hugo, que arrastou a marcação e finalizou com perigo. O Palmeiras retomou o domínio momentâneo com novas investidas de Aníbal Moreno e Flaco, ambos desperdiçando finalizações próximas da pequena área. O duelo virou um teste de resistência emocional para os dois times, enquanto a torcida santista acompanhava cada lance com apreensão crescente.
Nos minutos finais, a partida parecia se encaminhar para um empate dramático, até que as dores de Brazão obrigaram Vojvoda a mexer novamente na equipe. As substituições, que inicialmente buscavam apenas reorganizar o time, acabaram sendo decisivas. A entrada de Rollheiser e Escobar mudou a dinâmica ofensiva do Santos em um momento crucial.
O gol da vitória nasceu justamente dessa mudança de cenário. Escobar recebeu pelo lado esquerdo, levantou a bola na segunda trave, Robinho Jr. ajeitou com inteligência e o camisa 32 finalizou firme, cruzado, para fazer o estádio explodir em euforia. Uma vitória sofrida, construída com nervos à flor da pele e consolidada no detalhe, mantendo viva a esperança santista em um dos jogos mais intensos da temporada.

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