Filipe Luís explica escolha por Bruno Henrique
O Flamengo deixou o campo da Arena Castelão com mais dúvidas do que respostas. A derrota por 1 a 0 para o Fortaleza, neste sábado (25), expôs fragilidades na estratégia montada por Filipe Luís. Sem poder contar com Pedro, lesionado, o técnico decidiu improvisar Bruno Henrique como centroavante, decisão que rapidamente dividiu opiniões entre torcida e imprensa. O time, que costuma apresentar um ataque envolvente, perdeu profundidade e finalizou pouco, esbarrando em uma atuação sem brilho.
A equipe rubro-negra teve dificuldade para se adaptar ao novo formato ofensivo. A movimentação que normalmente desequilibra defesas adversárias foi substituída por uma postura mais estática, com Bruno Henrique isolado e pouco acionado. A improvisação, embora justificada pela ausência do artilheiro, acabou evidenciando a dependência do Flamengo de um jogador de área.
Desconforto revelado e compromisso mantido
Na entrevista coletiva, Filipe Luís revelou que o próprio Bruno Henrique já havia manifestado, anteriormente, sua preferência por atuar em outras posições. “Bom, o Bruno umas semanas atrás falou para mim que ele se sentia mais confortável jogando em outra posição, mas que estaria à disposição sempre para ajudar no que eu precisasse”, disse o treinador.
Mesmo ciente do desconforto do atacante, Filipe optou por mantê-lo como referência. “Hoje eu, na minha cabeça, entendi que a equipe precisava do Bruno Henrique de 9. E assim foi. Ele se colocou à total disposição”, completou. A escolha reforça o compromisso do jogador com o grupo e a confiança do técnico em seu elenco, ainda que o desempenho em campo não tenha correspondido ao planejado.
Convicção sob pressão e lições para a sequência
O revés contra o Fortaleza impediu o Flamengo de retomar a liderança do Campeonato Brasileiro e aumentou a pressão interna por resultados. Filipe Luís não escondeu a frustração com o placar e comentou sobre as críticas que recaem sobre os mesmos atletas. “Infelizmente não conseguimos a vitória e sempre vai cair a culpa nos jogadores de sempre”, afirmou, demonstrando insatisfação com o peso das cobranças.

Veja também
Rossi toma atitude no Flamengo e ‘rebate’ técnico do Racing, Gustavo Costas: “Dá mais confiança”
Apesar da turbulência, o treinador manteve seu discurso de confiança nas próprias decisões. “Mas eu sempre sigo, como eu falo para vocês, a minha convicção do que eu acho que é melhor para a equipe”, declarou.
Com um elenco de alto nível, mas ainda em busca de equilíbrio, o Flamengo entra em um momento decisivo da temporada, no qual ajustes táticos e recuperação emocional serão fundamentais para seguir firme na luta pelo título.




