Corinthians articula pagamento antecipado para tentar derrubar punição da CNRD
O Corinthians estuda antecipar o pagamento da terceira parcela do acordo firmado na Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF como estratégia para sinalizar compromisso financeiro e buscar a suspensão do transfer ban que vigora desde outubro. A informação foi divulgada pelo GE.
Após atrasos nas duas primeiras prestações, a diretoria alvinegra trabalha para quitar a próxima parcela antes do vencimento, marcado para 17 de janeiro de 2026, na tentativa de demonstrar mudança de postura diante do órgão julgador.
O acordo firmado prevê o pagamento de mais de R$ 76 milhões, divididos em 24 parcelas trimestrais, ao longo de seis anos, envolvendo pendências com clubes, atletas e empresários.
Nas primeiras parcelas, o Timão efetuou os pagamentos fora do prazo, sustentando a interpretação de que havia um período adicional de cinco dias para comprovação. Mesmo com a regularização, o clube acabou sofrendo a sanção. Em decisão divulgada no dia 22, a CNRD afirmou que a suspensão da punição “fica condicionada a uma demonstração de mudança de postura” por parte do Timão, exigindo pontualidade nos próximos compromissos.
Planejamento financeiro e outras pendências
A Diretoria Financeira se mobiliza para realizar o pagamento com recursos que estão previstos para entrar em caixa nos próximos dias. O clube aguarda valores da Liga Forte União, referentes ao Campeonato Brasileiro, a premiação da Copa do Brasil e um empréstimo de R$ 70 milhões, que ajudaria a iniciar o próximo ano sem restrições no mercado.

Osmar Stabile Presidente do Corinthians durante partida contra o Cruzeiro no estadio Mineirao pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Gilson Lobo/AGIF
Além da punição aplicada pela CBF, o Corinthians ainda convive com um transfer ban da Fifa, em vigor desde 12 de agosto, por conta de uma dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, referente à contratação do zagueiro Félix Torres. A expectativa interna é de que o pagamento ocorra “nos próximos dias”, embora a data ainda não esteja definida.

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A antecipação do pagamento é um gesto necessário, mas não resolve o problema estrutural do Corinthians. A atitude pode ajudar a encerrar o transfer ban, porém o clube ainda enfrenta uma crise profunda, com dívida estimada em R$ 2,7 bilhões. Sem uma política financeira consistente, ações pontuais tendem a aliviar o momento, mas não a solucionar o cenário a longo prazo.




