Racing assume responsabilidade pelo uso irregular de pirotecnia
O duelo entre Racing e Flamengo pela semifinal da Libertadores não terminou dentro de campo. Após ser punido, o clube argentino admitiu oficialmente que infringiu normas de segurança, reconhecendo que “foram utilizados artefatos pirotécnicos de forma indevida para um evento esportivo dessa magnitude”. A declaração marca uma mudança de postura após dias de críticas e repercussão internacional.
No comunicado, o Racing detalhou que a reunião que originou a manifestação envolveu dirigentes do clube, autoridades de segurança e o presidente da AFA. Segundo o próprio texto, “o Racing admitiu o fato e se comprometeu a investigar quem foram os responsáveis que causaram essa situação”. A Agência de Prevenção da Violência no Esporte (Aprevide) da Argentina havia anunciado que o clube recebeu a punição de três jogos de portões fechados.
Impacto direto nos próximos jogos
Além de disputar três jogos com portões fechados em competições nacionais, o Racing terá outras três partidas sem a presença de faixas, tambores e instrumentos sonoros. O ambiente hostil criado antes do duelo contra o Flamengo, que incluía foguetório intenso e descontrole nas arquibancadas, gerou impacto na instituição e abriu investigações internas.
Clube tenta controlar danos enquanto Flamengo avança
Mesmo com o ambiente adverso, o Flamengo garantiu vaga na final após segurar o empate por 0 a 0 na Argentina, atuando com um jogador a menos. O episódio do foguetório, que deveria impulsionar o Racing, acabou se voltando contra o próprio clube. Uma fala vazada do técnico Gustavo Costas também gerou polêmica: “Não importa se eles (Conmebol) nos cobrem uma multa elevada, eu não dou a mínima. Vamos destruir o campo. Vamos passar. Temos que vencer agora”.
Torcida do Racing faz bandeiraço. Foto: Reprodução/Racing/X
Enquanto o Racing tenta se reorganizar institucionalmente, o Flamengo já foca a final continental contra o Palmeiras, marcada para 29 de novembro, em Lima, no Peru. A equipe rubro-negra busca o tetracampeonato da Libertadores e se distancia do caos provocado pela torcida adversária, destacando sua solidez e capacidade de rendimento mesmo sob pressão intensa.
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O comunicado do Racing também reforçou que o clube trabalhará em conjunto com autoridades para garantir segurança em jogos futuros, especialmente no confronto contra o River Plate. Segundo o texto, esse compromisso visa assegurar que “a premissa deve ser sempre a de privilegiar a segurança, a saúde, a organização e a festa esportiva”. A mensagem evidencia preocupação em mitigar o desgaste institucional e evitar punições ainda mais severas.
Comunicado oficial do Racing na íntegra
“Esta tarde foi realizada uma reunião na qual participaram o presidente do Racing Club, Diego Milito; o Secretário Geral da instituição, Kevin Feldman; o Ministro de Segurança da Província de Buenos Aires, Javier Alonso; o Presidente da AFA, Claudio Tapia, e o titular da APreViDe, Guillermo Cimadevila.
Na referida reunião, o Racing reconheceu que durante o encontro contra o Flamengo, pela semifinal de volta da Copa Libertadores, foram utilizados artefatos pirotécnicos de forma indevida para um evento esportivo dessa magnitude.
Da mesma forma, o Racing admitiu o fato e se comprometeu a investigar quem foram os responsáveis que causaram essa situação.
Por outro lado, conforme exigido pela promotoria interveniente, o Racing também se comprometeu a trabalhar em conjunto com a AFA e o Ministério de Segurança da Província de Buenos Aires, através da APreViDe, com vistas à próxima partida contra o River Plate, pelos oitavos de final do Torneio Clausura, e a futuros eventos onde a premissa deve ser sempre a de privilegiar a segurança, a saúde, a organização e a festa esportiva.”
