Lateral cobrou diretoria
O Grêmio contratou Marcos Rocha em agosto, buscando reforçar a equipe. Em entrevista ao Um Assado Para…, o lateral-direito revelou alguns bastidores de sua chegada. Segundo o jogador, alguns detalhes do Tricolor não tinha padronização e fez cobranças por mudanças que, segundo o jogador, ajudam na mentalidades do grupo:
“Para você ter noção. Cada um usava um chinelo no clube. De dedo, Havaianas, de enfiar o pé. Está errado. Tem que ser igual para todo mundo. Você tem que ter um padrão. Você tem que ter uma postura de Grêmio. Eu não posso chegar ao jantar e descer, com todo respeito, com uma Havaianinha de dedo, encardidinha. Pô, estou vestindo a camisa do Grêmio. É um detalhe que faz toda diferença e ajuda a evoluir. Umas coisinhas às vezes que você acha que é bobeira, mas não é.”
“Até comentei com o pessoal do marketing. Quando eu cheguei aqui achei que o patrocinador ia me dar um tênis, ia me dar alguma coisa, que eles iam me filmar usando o tênis. E não. Tive que ir com o tênis que eu trouxe de casa. Falei isso está errado. É a hora do cara vender a imagem, vender a imagem do clube. Aí os caras falaram, Rocha, a gente está mudando, mexendo em algumas áreas, evoluindo. Falei ano que vem a gente tem que começar diferente. Tem que começar melhor.”
Outros jogadores também pediram melhorias
Ao continuar com o assunto, Marcos Rocha também revelou que os jogadores do Grêmio se uniram com a diretoria para pedir mudança na concentração. Segundo o lateral, dessa vez foi para que os atletas tivessem quartos individuais. No Palmeiras, era o que acontecia. Assim como Carlos Vinicius também não estava acostumado a dividir.
“Já brigamos e ganhamos essa também. Tinha oito anos que eu não concentrava com alguém, o Willian também já chegou com essa ideia. Willian acho que desde 2009, quando ele saiu daqui do Corinthians, ele não concentrava com alguém. Eu falei, vou ser o chatão da vez. Mas o clube está entendendo que a gente está em um momento de mudança. O clube vai colocando e para chegar ao alto nível, tem que preparar todo mundo, é um detalhe.”

Marcos Rocha em campo pelo Grêmio. Foto: Maxi Franzoi/AGIF
Foco em ajudar o Grêmio
Marcos Rocha, que ficou de fora de jogo-treino, afirma que os pedidos são para sempre melhorar o Grêmio. Durante a entrevista, disse que não tem problema de ser o ‘chatão’, mas que foi para o Imortal buscando ajudar a equipe.
“Às vezes os caras falam, Rocha, faz isso. Falei “vocês estão me colocando como o chatão do Grêmio, porque tudo vocês vêm em mim e tenho que falar”. Mas até brinquei, eu não vim para fazer amizade. Eu vim para ajudar o Grêmio a crescer, fazer minha história e espero que vocês venham comigo. E quem não vier, vai ficar para trás, porque a gente não vai aceitar. Ou você está no Grêmio para ajudar ou chega para diretoria e fala ‘não quero ficar’.”

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