Movimentos discretos de Paquetá
O ex-Flamengo, Lucas Paquetá, iniciou a partida diante da Bolívia tentando se posicionar entre as linhas, buscando ser a ligação entre meio e ataque. No entanto, a forte marcação local e a dificuldade do Brasil em acelerar o jogo limitaram suas ações. O meia sofreu uma falta logo cedo no campo defensivo, mas esteve longe de ser o protagonista que se espera em jogos de Eliminatórias.
Aos 16 minutos, Paquetá teve sua melhor chance: recebeu de Bruno Guimarães e arriscou de fora da área, mas finalizou mal, desperdiçando uma rara oportunidade em que encontrou espaço para chutar. Essa postura de pouco risco, somada à escassez de finalizações do setor ofensivo, expôs um problema recorrente da Seleção — a dificuldade em transformar posse em perigo real.
Entre faltas e oscilações do Ex-Flamengo
O camisa 8 também se envolveu em lances de excesso de ímpeto. Ainda no primeiro tempo, cometeu duas faltas em sequência, uma delas em Moisés Paniagua, que gerou perigo na bola parada.
Esse desequilíbrio fez com que sua atuação fosse marcada mais por interrupções do que por jogadas criativas, tirando ritmo da equipe em momentos importantes. Não se pode ignorar o fator La Paz. A 3.600 metros de altitude, Paquetá, assim como todo o setor ofensivo, mostrou dificuldade em manter intensidade.
Sem explosão e com passes previsíveis, o jogador do West Ham acabou sobrecarregado, sem conseguir dar sequência às jogadas em velocidade, algo que normalmente faz parte de sua cartilha.
O que mais chamou atenção foi a ausência de Paquetá no último terço. Com Raphinha, Estêvão e João Pedro entrando no segundo tempo, esperava-se que o meia centralizasse o jogo, mas ele acabou ofuscado. Pouco arriscou, evitou conduções longas e não buscou infiltrações. Para um atleta com capacidade de decidir, a atuação ficou muito abaixo do esperado.

Veja também
Interesse do Flamengo em Casemiro repercute na Europa e levanta debate sobre Seleção Brasileira
O contraste da Seleção Brasileira com a Bolívia
Enquanto Paquetá e o restante do time brasileiro desperdiçavam as chances que teve, os bolivianos mostraram objetividade. Miguel Terceros, com participação direta, criou problemas constantes e converteu o pênalti que abriu o placar. Esse contraste deixou ainda mais evidente a necessidade de jogadores da Seleção, como Paquetá, assumirem o protagonismo em momentos de adversidade.




