Emoção com a queda do Fortaleza
O Fortaleza perdeu para o Botafogo por 4 a 2, neste domingo, no Nilton Santos, e o clube encarou o cenário que tanto temia: o rebaixamento para a Série B. Em meio à frustração, Lucas Sasha respondeu diante das câmeras com forte carga emocional e fez um balanço sincero sobre a queda. Segundo ele, o grupo trabalhou intensamente, embora a sensação de frustração tenha prevalecido.
Ainda no gramado, o volante admitiu dificuldade até para formular frases. “É difícil encontrar palavras agora. Independentemente da nossa luta, ver um projeto indo para a segunda divisão é muito duro, principalmente um como o do Fortaleza. Até o ano passado, éramos modelo para muita gente”, afirmou, visivelmente abalado. Assim, o jogador expôs não apenas o impacto esportivo, mas o cunho institucional da queda.
Fortaleza como exemplo fora de campo
Entretanto, Sasha destacou que o clube representa mais do que resultados. “No futebol, a gente sabe o quanto tem gente fazendo o que não deve, salários atrasados, dívidas milionárias. É um pecado ver um clube tão sério cair para a segunda divisão”, pontuou.
Além disso, o volante reconheceu falhas internas. Segundo ele, a demora para reagir no campeonato pesou. “A sensação é das piores possíveis. A gente lutou, batalhou, demorou a reagir. O futebol brasileiro não perdoa, é muito competitivo”, reforçou.
No campo pessoal, Sasha tem vínculo até o fim de 2026, mas admite um cenário indefinido diante da provável reformulação do elenco. Assim como ele, o CEO Marcelo Paz também vive momento de indefinição.

Deyverson, jogador do Fortaleza, durante partida contra o Botafogo no Nílton Santos pelo campeonato Brasileiro 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Presidente fala em ruptura necessária
“Minha prioridade sempre foi manter o Fortaleza na Série A. Mas quem decide minha permanência não sou eu. A SAF tem Conselho de Administração, vamos conversar e avaliar”, declarou Marcelo Paz. Contudo, o dirigente reconheceu que mudanças aconteceriam com ou sem rebaixamento, mas agora tendem a ser mais profundas. “Foram quase 800 jogos. Esse ano foi muito difícil”, desabafou.

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Portanto, o gestor acredita que o clube está mais estruturado para reagir. “Se essa queda fosse nos primeiros anos na Série A, seria difícil voltar. Hoje temos mais força, ativos e respeito. Que saibamos assimilar a mudança, formar um time adequado e retornar rápido. Entendo a dor do torcedor, é a nossa também”, concluiu.




