Remo define permanência na Série A como prioridade para 2026
O Clube do Remo traçou um objetivo claro para a temporada de 2026: permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro. Internamente, o entendimento é de que a volta à elite precisa ser acompanhada de estabilidade, construção gradual e fortalecimento estrutural, evitando um retorno passageiro ao principal nível do futebol nacional.
A estratégia é consolidar o clube no cenário nacional, criar bases sólidas para os próximos anos e, a médio prazo, sonhar com competições internacionais. O trabalho vem sendo conduzido no Baenão com foco em planejamento e responsabilidade.
Em entrevista coletiva recente, o executivo de futebol Marcos Braz destacou que a postura do Remo precisará ser diferente daquela adotada por clubes que não conseguiram se manter na Série A. Ele citou exemplos de equipes tradicionais e emergentes que tiveram passagens breves pela elite, como Paysandu, Santa Cruz, Atlético-GO, América-RN, Paraná, São Caetano, Grêmio Barueri e Brasiliense.
“O que eu posso te falar é que o Remo terá que tomar um risco em relação a maneira que irá se portar dentro de campo por uma razão simples. Se você fizer uma análise de todos os clubes que subiram parecidos com a condição do Remo, com o histórico de não estar tanto tempo na Série A, se a gente seguir o mesmo padrão, vai acontecer o que aconteceu com eles”, afirmou. “Então, a gente acabou de acelerar o manche e vamos fazer o que a gente entende que seja o melhor para o Remo para suportar a Série A”, completou Braz.
Diferença estrutural e reforços no radar
O dirigente também reconheceu que o Remo parte em desvantagem estrutural e financeira em relação à maioria dos adversários da Série A. Para minimizar esse cenário, o clube aposta em movimentações mais agressivas no mercado, buscando equilíbrio competitivo.
“Em relação à quantidade, é claro que a gente entende que para se parear no Brasileiro a gente vai precisar um esforço maior nas contratações. E a gente já está fazendo isso. Eu acho que a Nação Azulina, a imprensa, as pessoas têm que, além de estarem monitorando o presente, saberem o que está fazendo no presente para não ter qualquer tipo de problema no futuro”.
Atletas que defenderam o Remo nas campanhas da Série A em 1993 e 1994 também opinaram sobre o momento atual. Para eles, o clube deveria acelerar a montagem do elenco visando a estreia na elite.
“Penso que tinha que ter uma espinha dorsal com contratações pontuais. O Brasileirão é muito disputado e o nível da competição é muito alto”, avaliou Rogerinho Gameleira, que atuou em 1994. “Acredito que nós estamos atrasadíssimos no início do trabalho. Estamos praticamente a um mês de estrear na Série A”, completou Agnaldo de Jesus, outro nome daquela geração.
Opinião da redação do Antenados no Futebol
O discurso do Remo é coerente com a realidade do futebol brasileiro. Permanecer na Série A precisa ser tratado como meta principal, acima de qualquer ambição imediata. No entanto, o desafio será transformar planejamento em execução rápida, especialmente no mercado. O tempo é curto e a margem de erro, mínima.
