Textor volta a ser criticado pela gestão do Botafogo
O Botafogo sofreu um duro empate de 3 a 3 do Mirassol, após abrir uma vantagem elástica de três gols ainda no primeiro tempo, na última quarta-feira (17). O resultado evidenciou uma temporada cheia de altos e baixos do Glorioso, com John Textor a ser bastante cobrado por sua gestão no clube.
Durante o programa “Troca de Passes”, do canal SporTV, o comentarista Rodrigo Coutinho fez uma longa análise sobre o planejamento do Botafogo para 2025. Ele acredita que o “modelo Textor” – de reconstruir equipes com alguma regularidade – não é viável para se alcançar bons resultados.
“Eu acho que o ano que começava em abril não começou para o Botafogo. Ou acabou em setembro. O Botafogo brincou de planejar essa temporada. E quando eu digo brincar é no pior sentido possível. Não tem como dar certo, gente. Ano passado deu, porque no futebol isso acontece de vez em quando. No futebol há uma boa dose de aleatoriedade. E é óbvio, há a qualidade dos jogadores, a qualidade do trabalho feito. Não é toda hora que você vai conseguir descobrir no mercado e trazer Luiz Henrique e Almada. Não é toda hora. O time precisa de continuidade”, começou o comentarista.
“Esse modelo do Textor de desmontar equipes a cada seis meses ou a cada uma temporada, isso para mim é fadado ao insucesso. É muito difícil a gente ver clubes que consigam se manter em disputa dessa forma. Não dá, não tem continuidade, não tem continuidade de treinador. Tudo bem, o Artur Jorge ter saído não foi um problema do Botafogo. O Artur Jorge quis sair, recebeu uma proposta e saiu. Mas o Botafogo já sabia disso muito antes. O Botafogo sabia disso na viagem para o Catar. Quando pega o avião para viajar para o Catar, o Botafogo já sabia disso. E não agiu rapidamente para conseguir trazer um treinador. Eu até me admiro o Botafogo estar em 5º lugar“, analisa Coutinho.
‘Trabalho mal feito’
Em seguida, o comentarista esclareceu que não houve um planejamento adequado após o 2024 histórico do Botafogo – com os títulos do Brasileiro e da Libertadores. As trocas de treinadores e a saída dos pilares do elenco são consequências da ausência de uma estratégia de Textor, vê Coutinho.
“[…] Você pode ter todo o dinheiro do mundo, pode ter o melhor scout do mundo, você não vai descobrir isso de uma hora para a outra. E assim, eu falaria isso se o jogo terminasse 3 a 0 para o Botafogo hoje. É bom que se frise isso. Não é porque o Mirassol empatou, é porque o trabalho é um trabalho muito mal organizado. É um trabalho mal feito para a temporada. E o principal responsável tem nome e sobrenome: John Textor“, completa ele.
Situação no Brasileiro
Apesar do empate com o Mirassol no Nilton Santos, o Botafogo ultrapassou o Bahia e assumiu a 5ª colocação do Brasileiro, com 36 pontos. Na próxima rodada, o Fogão recebe o Atlético-MG neste sábado (20), às 18h30 (de Brasília).