Crise financeira no Timão
Não é novidade que o Corinthians atravessa uma das piores crises financeiras de sua história. Com dívidas elevadas e a impossibilidade de contratar novos jogadores devido a um transfer ban, o clube paulista vive uma situação cada vez mais delicada.
Em meio a essa situação, o ex-presidente Augusto Melo vem sendo apontado como um dos responsáveis pela situação, já que muitas das negociações realizadas na sua gestão resultaram nas dívidas que o clube enfrenta atualmente.
Fugir da Série B
Em entrevista ao GE, Mello se defendeu das acusações de má gestão e explicou as razões pelas quais contratou jogadores de peso, mesmo com a crise financeira. O dirigente afirma que a necessidade de contratações foi uma medida emergencial para evitar o rebaixamento do Corinthians à Série B.
“Deixamos chegar perto do limite. Isso infelizmente é normal dentro do que é a atual situação do Corinthians, a dívida é muito alta. Não fui eu quem criou essa situação. Precisei fazer isso (gastar na montagem do time) para que o Corinthians não caísse para a Série B. O que era mais importante: ficar devendo no mercado ou cair para a Série B?”, afirmou o ex-presidente.
“Começamos o ano (2024) sem credibilidade e sem dinheiro. O Corinthians ia cair para a Série B e ninguém queria jogar aqui. Busquei novas receitas e paguei os transferbans (dívida com o zagueiro Balbuena) da gestão passada sem fazer alarde. Estava preocupado em trabalhar para o Corinthians. No começo da minha gestão, cometemos erros porque não tínhamos um executivo de mercado”, continuou.
Contratações necessárias
Apesar das dificuldades financeiras, Melo destacou que a sua gestão fez contratações que, na sua visão, eram necessárias para a equipe. No entanto, ele reconheceu que pagaram um preço alto por algumas delas, como foi o caso do zagueiro Félix Torres e do meia Garro.
“Contratamos bons jogadores, mas pagamos um preço alto. Foi assim com o Garro e com o Félix Torres. Deixei ao clube grandes receitas de TV, de placas de publicidade e outras situações como o contrato da Adidas, que depois decidiram por renovar com a Nike. Só a venda do Denner foi de mais de 8 milhões de euros à vista”, destacou o dirigente.
