Caminho aberto para o retorno ao Grêmio
Após deixar o Fluminense e ficar sem clube, Renato Gaúcho está disposto a iniciar um novo ciclo e observa de perto o processo eleitoral do Grêmio, que acontecerá no fim de 2025. Segundo informações do Portal Gremista, o técnico está aberto a um retorno ao Tricolor em 2026, ano que marcará o início de uma nova gestão no clube. Pessoas próximas afirmam que o treinador se mantém em constante contato com dirigentes e conselheiros do clube gaúcho, acompanhando os bastidores e as movimentações políticas que podem influenciar diretamente seu futuro.
Renato é considerado o maior ídolo da história do Grêmio, com conquistas como a Copa do Brasil (2016), a Libertadores (2017) e a Recopa (2018). Ele vê a possibilidade de voltar a Porto Alegre como a chance de encerrar a carreira onde se consagrou, cercado por uma torcida que o idolatra e com quem mantém uma forte conexão emocional.
Desgaste no Fluminense e ruptura inesperada
A passagem de Renato Gaúcho pelo Fluminense chegou ao fim de forma abrupta. O treinador pediu demissão após o empate por 1 a 1 com o Lanús, que selou a eliminação do Tricolor na Copa Sul-Americana. O episódio pegou a diretoria de surpresa, principalmente o presidente Mário Bittencourt, que tentou convencê-lo a seguir no comando, sem sucesso. Durante a coletiva pós-jogo, Renato anunciou publicamente sua saída e deixou o Maracanã sem se reunir novamente com os dirigentes.
A decisão, segundo apurou a ESPN, foi motivada por um crescente desgaste entre o treinador e o ambiente do clube. Renato acreditava que o clima em torno da equipe havia se tornado “tóxico”, em especial pela influência das redes sociais nas críticas direcionadas a alguns jogadores. O técnico se mostrou incomodado com vaias e com o coro de “burro” vindo das arquibancadas, algo que, para ele, era um reflexo direto do comportamento virtual da torcida.
Relação abalada com o elenco tricolor
Além do atrito com parte dos torcedores, Renato enfrentava dificuldades de relacionamento com o elenco. Durante o Mundial de Clubes, por exemplo, decisões como a pouca utilização de Paulo Henrique Ganso geraram desconforto interno. Outros jogadores também demonstraram insatisfação com o estilo do técnico, especialmente pelos treinos leves e os “rachões” às vésperas de jogos decisivos.
Com um elenco de 36 atletas após as contratações de meio de temporada, Renato viu a gestão do grupo se tornar um desafio diário. Vários jogadores, com pouca minutagem, passaram a demonstrar descontentamento, e o ambiente acabou se deteriorando. O treinador, então, entendeu que o ciclo no Rio de Janeiro havia se encerrado, e que era hora de olhar novamente para o clube que mais marcou sua trajetória.
Para boa parte dos torcedores, o retorno de Renato é apenas uma questão de tempo, mas divide opiniões. E para o próprio técnico, depois de uma passagem marcada por tensões no Fluminense, o reencontro com o Grêmio representa mais do que uma possibilidade, é um desejo.