Apresentação de Abel Braga vira pauta por fala polêmica
O Internacional iniciou um novo capítulo neste domingo com a oficialização de Abel Braga como técnico para as duas últimas rodadas do Brasileirão. A reapresentação do treinador, porém, deixou de ser apenas um ato simbólico e rapidamente ganhou outro rumo após uma frase usada pelo comandante ao falar sobre o clima no vestiário.
Durante a coletiva, Abel citou uma conversa interna com D’Alessandro e mencionou uma situação envolvendo o uso de camisas rosas no treino, o que gerou repercussão imediata.
No relato, Abel se referiu à interação com o diretor esportivo e disse: “Eu não quero a p#rr@ do meu time treinando de camisa rosa, parece time de veado”. A declaração chamou atenção e se tornou o ponto mais comentado da entrevista.
Explicação de Abel Braga
Questionado posteriormente, o treinador afirmou que a frase surgiu em um momento de tentativa de aliviar a tensão do grupo. Segundo ele, o propósito era diminuir o peso emocional da reta final do campeonato e estimular reação.
O técnico completou: “Eu tinha que relaxar meu grupo hoje, para você entender. Eu quero os caras fortes”. Abel, que decidiu retornar ao comando mesmo após anunciar aposentadoria no passado, assumiu o time sem receber salário e com vínculo válido apenas até o fim da atual edição do Brasileirão. O foco, segundo ele, é recuperar o lado emocional da equipe nesta reta final dramática.
Atualmente, o Internacional ocupa a 17ª posição com 41 pontos e depende de vitórias contra São Paulo e Bragantino para tentar permanecer na elite. Abel comandou sua primeira atividade logo após a coletiva e terá pouquíssimo tempo de preparação até o confronto decisivo da próxima quarta-feira.
Opinião da redação do Antenados no Futebol
A reapresentação de Abel Braga era um momento que o Internacional precisava transformar em união, mas a polêmica gerada pela própria fala do treinador acabou ocupando espaço demais para um time que vive situação crítica na tabela. A tentativa de “descontrair o ambiente”, como ele explicou, esbarrou em uma escolha de palavras que não combina com o momento do clube nem com o ambiente profissional atual. Ainda assim, dentro de campo, a presença de um técnico experiente pode ajudar no aspecto emocional, que é hoje o maior desafio de uma equipe pressionada e com pouco tempo para reagir. O Inter depende de foco total e de duas atuações quase perfeitas para evitar o rebaixamento.
