Seleção Brasileira e o peso da cobrança

Lucas Paquetá viveu uma noite de sentimentos mistos no empate da Seleção Brasileira com a Tunísia. O meia, figura constante nas convocações recentes, viu um dos momentos mais importantes da partida escapar ao perder um pênalti que poderia mudar o rumo do amistoso. Após o jogo, ele detalhou como a ansiedade influenciou diretamente o lance decisivo e reconheceu que a pressa acabou interferindo em sua habitual precisão.

No relato, Paquetá foi transparente ao admitir que não conseguiu controlar o emocional na hora da cobrança. Ele afirmou que a pressa pela vitória atrapalhou sua tomada de decisão e interferiu no gesto técnico. Para o camisa 11, a frustração não veio apenas pelo erro, mas também pela oportunidade perdida de contribuir de forma mais direta com a equipe brasileira.

“Fico triste em não ter conseguido marcar e não ter ajudado a Seleção, a gente provavelmente venceria depois daquele pênalti. Estou muito habituado a fazer no meu clube, tenho grandes acertos, mas não esperei da maneira que espero. Ansiedade de fazer o gol acabou prejudicando um pouco. Vou tentar me colocar nessas circunstâncias para evoluir nesse sentido para converter na próxima oportunidade e ajudar a equipe”, disse Paquetá.

Decisão interna e responsabilidade técnica

A escolha de Paquetá para a cobrança não foi aleatória. Marquinhos conversou com Carlo Ancelotti e com a comissão técnica antes do jogo e recebeu a confirmação de que o meia seria o responsável caso a penalidade fosse marcada. A confiança do treinador e da liderança do elenco reforçaram ainda mais o peso do momento vivido pelo jogador.

A jogada que originou o pênalti teve início em grande ação de Vitor Roque, que sofreu a falta dentro da área. Antes disso, ainda no primeiro tempo, Estêvão já havia empatado a partida também em uma cobrança de pênalti, o que aumentava a expectativa de um novo acerto na segunda etapa. No entanto, Paquetá acabou isolando a bola em seu jogo de número 60 pela Seleção.

Paquetá focado na evolução do projeto

Apesar do tropeço na cobrança, Paquetá fez questão de destacar o orgulho que sente por sua trajetória com a camisa do Brasil. O meia lembrou da longevidade no grupo e da confiança recebida de diferentes treinadores ao longo dos últimos anos, reforçando seu compromisso em seguir evoluindo e contribuindo para o desenvolvimento da equipe.

“Eu brinco que já são sete anos com a Seleção, trabalhando, me dedicando e me esforçando. Muitos técnicos passaram e eu continuo retornando e fazendo parte do grupo, sempre disposto a ajudar e somar. Fico muito feliz de estar trabalhando com o Ancelotti, que tem uma confiança em mim muito grande. A gente conversa bastante. A gente está cada vez mais consistente e crescendo como grupo. Vamos chegar evoluindo aos poucos, mas chegar para competir nessa Copa do Mundo” completou o meia.

Para Paquetá, o episódio não diminui sua confiança nem sua importância no elenco. Ele acredita que o grupo está em ascensão e que o amistoso contra a Tunísia, apesar do placar, oferece lições importantes para o que vem pela frente. O objetivo, segundo ele, é simples: amadurecer, corrigir detalhes e chegar forte no Mundial.