Vasco projeta reformulação no meio-campo para 2026

O Vasco já trabalha com a ideia de mudanças profundas no setor de volantes para a próxima temporada. Em 2025, a posição foi marcada por lesões recorrentes, queda de rendimento e falta de regularidade, cenário que só começou a melhorar no fim do ano com o crescimento de Thiago Mendes e Barros. Ainda assim, a diretoria entende que o elenco precisa de ajustes e não descarta negociações, além da chegada de um novo nome para o setor.

A temporada começou com grande expectativa em torno de Tchê Tchê, primeiro reforço anunciado em 2025, vindo após conquistas importantes pelo Botafogo. Ele passou a disputar espaço com Hugo Moura, Mateus Carvalho, Paulinho, Jair, Sforza, Souza e JP, mas o grupo não conseguiu entregar a consistência esperada ao longo do ano.

Crescimento de Barros e Thiago Mendes muda o cenário

As respostas mais positivas vieram apenas na reta final. Barros, revelado em São Januário e que estava emprestado ao América-MG, voltou após boas atuações na Série B e se destacou pela intensidade, capacidade de marcação e qualidade na saída de bola. Já Thiago Mendes, depois de retornar do futebol árabe, precisou de um período de adaptação, mas encerrou a temporada como peça relevante, especialmente na organização do jogo desde trás.

Fernando Diniz em Atlético-MG x Vasco pelo Brasileirão 2025. Foto: Fernando Moreno/AGIF

Mesmo com essa evolução, a avaliação interna é de que o elenco ainda carece de um volante mais completo, capaz de atuar de área a área e oferecer soluções técnicas. Essa necessidade foi identificada pelo técnico Fernando Diniz, que em diversos momentos precisou improvisar jogadores ofensivos como Nuno Moreira e Matheus França na função.

Mercado, indefinições e contratos em pauta

Entre os nomes observados pelo clube está Pierre, jogador da Tombense que atuou bem na Série B pelo Volta Redonda e terminou a temporada no Fortaleza. O Vasco acompanha de perto a situação do atleta, embora saiba que a negociação é delicada, já que o clube cearense tem interesse em mantê-lo.

Internamente, algumas situações seguem em análise. Hugo Moura e Tchê Tchê, bastante utilizados ao longo do ano, perderam espaço por oscilações. A permanência de Hugo em 2026 ainda está sob avaliação. Jair, que era homem de confiança da comissão técnica, sofreu grave lesão no joelho em setembro e não tem prazo definido para retorno. Situação semelhante vive Mateus Carvalho, que rompeu ligamento antes da final da Copa do Brasil e deve perder boa parte da próxima temporada.

Paulinho, que não conseguiu retomar o bom nível após grave lesão, tem contrato se encerrando e não deve permanecer. Sforza, que retorna de empréstimo, também está na lista de negociáveis. Já JP, destaque do Avaí na Série B, será avaliado no elenco principal e surge como opção para o Campeonato Carioca, tendo Barros como exemplo recente de afirmação após retorno ao clube.

Opinião da redação do Antenados no Futebol

A reformulação planejada pelo Vasco é coerente com o que foi visto em campo em 2025. O crescimento de Barros e Thiago Mendes mostrou que há soluções internas, mas o histórico recente de lesões e irregularidade justifica a busca por mais concorrência. A próxima temporada exigirá um meio-campo mais equilibrado e confiável, algo essencial para a consolidação do trabalho de Fernando Diniz.