O São Paulo considerou a possibilidade de contratar o atacante Everton Cebolinha, do Flamengo, após notícias de que o jogador busca deixar o clube carioca por mais tempo em campo. Conforme apuração de Valentin Furlan, do UOL Esportes, o nome do ponta foi sugerido em uma reunião de planejamento da diretoria após a derrota para o Mirassol, em outubro.
A ideia ganhou força quando se verificou que o contrato do atleta de 29 anos se encerra em junho, permitindo que ele assine um pré-acordo com outro clube a partir de janeiro. O fato de o empresário de Cebolinha ser Giuliano Bertolucci, com quem o presidente Julio Casares mantém um bom relacionamento após a quitação de dívidas passadas, também foi um fator considerado.
Alta pedida salarial
Com isso, o Tricolor iniciou o “Projeto Cebolinha”. No entanto, o plano foi rapidamente abandonado em menos de uma semana, após a diretoria ser informada dos valores salariais desejados pelo atacante.
Na Gávea, o ponta-esquerda recebe vencimentos superiores a R$ 1 milhão mensal. O SPFC concluiu que sua atual situação financeira, marcada por dívidas próximas a R$ 1 bilhão, inviabilizaria qualquer proposta.
A avaliação da diretoria foi além dos valores. No elenco atual do São Paulo, apenas quatro jogadores possuem vencimentos na mesma faixa salarial do atacante flamenguista. O clube analisou o impacto de contratar um nome com altos salários, em um momento em que vazaram informações sobre dívidas de direitos de imagem com os próprios atletas e o clima de insatisfação do grupo.
Foco em nomes acessíveis
Cientes de que uma negociação vazada poderia agravar o ambiente interno, os dirigentes optaram por recuar. O clube agradeceu a Bertolucci e retomou a estratégia de monitorar nomes considerados mais acessíveis, como Guilherme, do Santos.
Everton Cebolinha demonstra o desejo de se transferir para obter mais minutos de jogo e protagonismo, com quatro gols e quatro assistências em 40 jogos este ano, a maioria como reserva. Seu nome tem sido associado a clubes com condições financeiras mais favoráveis que o São Paulo, que enfrenta dificuldades e restrições no mercado.
