Cruzeiro avalia futuro de Gabigol

O Cruzeiro admite a possibilidade de abrir conversas para negociar Gabigol, atacante que figura entre os maiores salários do futebol nacional. Aos 29 anos, o jogador vive um momento de incerteza na Toca da Raposa e passou a ser oferecido a outras equipes do país. Um dos contatos feitos envolveu o Corinthians, conforme revelou o apresentador e ex-jogador Neto, em declaração pública.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Neto afirmou: “[O Gabigol] foi oferecido ao presidente Osmar Stábile. Essa é a informação que eu tenho”. Na sequência, completou: “[Foi oferecido] Para o Corinthians pagar R$ 1,5 milhão [de salário]. O presidente do Corinthians não quer; ninguém quer o Gabigol, mas ele foi oferecido. O Corinthians não quer o Gabigol porque não tem dinheiro e também porque não quer contar com o Gabigol”.

Apesar da movimentação, o Timão não avançou em nenhuma tratativa. De acordo com apuração do No Ataque, o Santos é, até o momento, o único clube que demonstrou interesse concreto, iniciando conversas com a diretoria celeste, ainda sem definição.

Momento esportivo pesa na decisão da Raposa

Dentro de campo, Gabriel Barbosa não conseguiu se firmar como protagonista absoluto. Na última temporada, o atacante entrou em campo 49 vezes, com 13 gols marcados e quatro assistências, números considerados abaixo do esperado para o investimento feito pelo clube mineiro.

O episódio mais marcante ocorreu na semifinal da Copa do Brasil, quando o jogador desperdiçou um pênalti diante do Corinthians, resultado que acabou custando a classificação do Cruzeiro para a final. Desde então, o ambiente se tornou mais delicado.

A chegada do técnico Tite adicionou um novo componente ao cenário. O treinador teve desentendimentos públicos com Gabigol em passagens anteriores no Flamengo, o que aumentou as dúvidas sobre o espaço do atacante no elenco. Atualmente, ele aparece como opção no banco, atrás de Kaio Jorge.

Opinião da redação do Antenados no Futebol

O Cruzeiro se vê diante de uma equação complexa. Manter um atleta caro, sem status de titular e com histórico recente de instabilidade, pode comprometer o planejamento esportivo e financeiro. Ao mesmo tempo, negociar Gabigol exige cautela, já que o jogador ainda possui mercado e contrato longo. A tendência é que o clube busque uma solução que reduza custos e preserve competitividade, mesmo que isso signifique encerrar um ciclo antes do previsto.