Cruzeiro trava negociação do Grêmio por Pelaipe
O ambiente político do Grêmio vive dias intensos após o encerramento do processo eleitoral. Com a vitória de Odorico Roman, a nova administração já traça o planejamento para 2026 e busca mudanças profundas no comando do futebol. Entre os alvos prioritários, o nome de Paulo Pelaipe, atual diretor do Cruzeiro, surge como a principal aposta para liderar o setor.
Contudo, as conversas entre as partes estão longe de uma conclusão tranquila. O Grêmio formalizou o interesse e apresentou uma proposta inicial, recebendo retorno imediato do próprio Pelaipe, que comunicou o convite à diretoria cruzeirense. Entretanto, o clube mineiro impôs uma exigência milionária para liberar o dirigente, tornando o acordo mais complexo do que o previsto.
De acordo com bastidores, Pelaipe possui multa contratual alta, o que obriga o Grêmio a desembolsar uma quantia expressiva caso queira contar com o executivo já no início da próxima temporada. Mesmo diante desse impasse, o clube gaúcho demonstra convicção na contratação e enxerga no dirigente o perfil ideal para estruturar o novo modelo de gestão.
Relação com Mano Menezes pesa na decisão
A possível chegada de Pelaipe também interfere diretamente no futuro de Mano Menezes. O técnico mantém boa relação com o dirigente e conta com forte respaldo da futura diretoria. Portanto, a aliança entre ambos é vista como estratégica para garantir continuidade e estabilidade ao projeto, especialmente após semanas de incertezas sobre o comando técnico.
Apesar da empolgação inicial, as tratativas seguem em ritmo controlado. Pelaipe, segundo apuração, pretende respeitar o momento do Cruzeiro, que ainda disputa o Brasileirão e a Copa do Brasil. Dessa forma, qualquer definição só deve ocorrer após o encerramento das competições, evitando ruídos internos ou interpretações equivocadas dentro da Toca da Raposa.
Odorico planeja nova estrutura para 2026
Enquanto isso, Roman e seus aliados trabalham na reestruturação do departamento de futebol. O plano envolve reforçar a base administrativa e retomar a identidade vencedora do clube. Nesse contexto, Pelaipe surge como peça-chave, não apenas pela experiência, mas também pela identificação histórica com o Grêmio, onde já exerceu funções semelhantes em gestões passadas.
Portanto, o Grêmio se vê diante de um dilema: pagar caro para garantir um nome de confiança ou aguardar uma solução mais favorável financeiramente. O Cruzeiro, por sua vez, mantém a postura firme de não liberar o dirigente sem a compensação adequada. Assim, a novela promete se arrastar até o fim do ano, com ambos os lados atentos a cada movimento.
