A final da Copa Libertadores de 2025, neste sábado (29), no Estádio Monumental de Lima, coloca frente a frente dois gigantes do continente em momentos bem distintos. A bola rola para a grande decisão às 18h (Brasília) e promete grandes emoções.

Palmeiras: pressão, irregularidade e esperança nas novas armas

O Palmeiras chega pressionado depois de cinco jogos sem vencer no Brasileirão, perda da liderança e exposição de fragilidades defensivas, como no 3 a 2 diante do Grêmio. A instabilidade recente aumentou a cobrança interna e externa, e Abel Ferreira desembarca no Peru sabendo que precisa resgatar o melhor nível da equipe justamente na decisão mais importante da temporada.

Vitor Roque: mobilidade, profundidade e aceleração para romper linhas.

Andreas Pereira: organização, chute de média distância e leitura de ritmo.

Elenco do Palmeiras em Lima

Goleiros: Carlos Miguel, Weverton (lesionado), Marcelo Lomba, Aranha
Laterais: Piquerez, Khellven, Giay, Jefté
Zagueiros: Murilo, Gómez, Bruno Fuchs, Micael, Benedetti
Meio-campistas: Andreas Pereira, Aníbal Moreno, Emiliano Martínez, Raphael Veiga, Allan, Felipe Anderson, Mauricio, Lucas Evangelista (lesionado)
Atacantes: Flaco López, Vitor Roque, Facundo Torres, Sosa, Luighi, Paulinho (lesionado)

Apesar das turbulências, o Palmeiras mantém características decisivas em mata-matas: solidez defensiva quando compacto, força mental e experiência acumulada em finais recentes — fatores que não podem ser ignorados.

Flamengo: estabilidade, futebol dominante e poder coletivo

Enquanto o Palmeiras busca se reencontrar, o Flamengo vive o auge de sua temporada. Líder isolado do Brasileirão, com 22 vitórias, nove empates e cinco derrotas, o time de Filipe Luís perdeu apenas duas vezes nos últimos 12 jogos e chega à decisão com total confiança. Sob comando de Filipe Luís, o time consolidou um modelo de jogo vertical, intenso e dominante.

O modelo de jogo rubro-negro se destaca por:

• pressão alta coordenada,

• posse qualificada,

• amplitude pelos laterais,

• verticalidade e transição agressiva.

Elenco do Flamengo em Lima

Goleiros: Rossi, Matheus Cunha e Dyogo Alves;
Laterais: Alex Sandro, Ayrton Lucas, Emerson Royal, Varela e Viña;
Zagueiros: Léo Pereira, Léo Ortiz, Danilo, Cleiton e João Victor;
Meio-campistas: Arrascaeta, Allan, Carrascal, De la Cruz, Pulgar, Jorginho, Saúl e Evertton Araújo;
Atacantes: Pedro, Samuel Lino, Gonzalo Plata, Bruno Henrique, Luiz Araújo, Michael, Everton Cebolinha, Juninho e Wallace Yan.

Mesmo com dúvidas sobre Pedro e Leo Ortiz, a profundidade do elenco garante manutenção do padrão coletivo. O Flamengo se apresenta como o time mais dominante da América em 2025.

O choque tático que pode decidir a Libertadores

Palmeiras de Abel Ferreira

• Organização defensiva e forte bloco reativo

• Transições rápidas como principal arma

• Dependência de precisão nas execuções ofensivas

O Verdão precisará de uma atuação praticamente perfeita para suportar a pressão territorial rubro-negra e explorar as costas dos laterais.

Flamengo de Filipe Luís

• Domínio do ritmo do jogo

• Pressão constante na saída adversária

• Verticalidade e circulação agressiva

• Volume de criação acima da média continental

A tendência é que o Flamengo dite o andamento da partida e reduza ao máximo as transições do Palmeiras.

Quem chega melhor? Quem é o favorito?

Chega melhor: Flamengo
Favorito ao título: Flamengo

A regularidade, a força coletiva e o futebol dominante fazem do Rubro-Negro o candidato mais sólido ao título. O Palmeiras, porém, entra com trunfos importantes: mais experiência recente em finais, força mental, elenco capaz de decidir em jogos grandes, e um técnico acostumado a performar sob pressão. Mesmo assim, o momento atual deixa claro: o Flamengo tem vantagem.

Opinião da Redação Antenados no Futebol

A final entre Palmeiras e Flamengo sintetiza duas filosofias opostas que, curiosamente, atingem o auge quando desafiadas: o Verdão pela resiliência em cenários adversos e o Rubro-Negro pela capacidade de impor o ritmo desde o primeiro minuto. A análise fria dos dados aponta superioridade flamenguista, mas a imprevisibilidade do mata-mata, aliada ao histórico competitivo de Abel, mantém o confronto vivo e taticamente fascinante. Resta saber se a solidez emocional palmeirense será suficiente para resistir ao sistema mais dominante da América. Será que a final premiará o momento ou a tradição recente de decisão?