Plano de jogo e controle emocional do Vasco
Fernando Diniz montou o Vasco para a semifinal contra o Fluminense com uma estratégia baseada em paciência, circulação de bola e controle emocional, mesmo atuando em um clássico de alta tensão. A equipe soube suportar momentos de pressão, manteve a organização defensiva e não se desesperou mesmo quando esteve em desvantagem no placar durante a partida, algo fundamental para a construção da classificação.
O desenho tático priorizou a saída curta desde a defesa, com Thiago Mendes e José Rodríguez participando ativamente da primeira fase de construção. Philippe Coutinho teve liberdade para flutuar e organizar o jogo entre as linhas, enquanto os laterais apareciam de forma alternada para dar amplitude. Essa dinâmica permitiu ao Vasco sustentar a posse e empurrar o Fluminense para o próprio campo em diversos momentos.
Mesmo sem transformar o domínio territorial em gols imediatos, o Vasco foi consistente ao ocupar o campo ofensivo e forçar erros do adversário. As finalizações de média distância e as bolas levantadas na área mostraram que o plano era desgastar o rival, mantendo intensidade e presença constante no último terço.
Leitura precisa de Diniz e ajustes durante o jogo
Diniz mostrou leitura apurada ao longo da partida, promovendo mudanças pontuais sem descaracterizar o modelo de jogo. As entradas de Vegetti, Hugo Moura e Matheus França deram novo fôlego à equipe, melhoraram a pressão pós-perda e aumentaram o poder de disputa física, especialmente nos minutos finais, quando o Fluminense tentou acelerar o ritmo.
Defensivamente, o Vasco se manteve compacto, aceitando correr riscos controlados para sustentar sua ideia de jogo. Mesmo sofrendo em bolas aéreas e em algumas transições rápidas, como no gol contra de Paulo Henrique, o time respondeu com disciplina tática e espírito coletivo, aspectos que sustentaram a reação e levaram à classificação para a final.
As reações da torcida sintetizam esse reconhecimento ao treinador: “Fernando Diniz conseguiu o impossível que foi ganhar a Libertadores com o Fluminense, se ele ganha a Copa do Brasil com o Vasco, ele tem que ser canonizado.” “O professor Diniz vai pra mais uma final de copa. Cadê os haters? Respeitem o homem.”
“A final da CDB vai ser Diniz X Dorival, literalmente os dois treinadores que passaram pela seleção brasileira nos últimos anos, Cinema.” “Mais uma vez eu não larguei a mão do Diniz quando tava todo mundo falando sobre o suposto roteiro dele nos times. Merecedor demais dessa final de Copa do Brasil com um time teoricamente pior que os últimos que ele comandou.”
Redação do Antenados no Futebol
Fernando Diniz foi o grande protagonista da classificação do Vasco. A estratégia adotada respeitou o DNA do treinador, mas mostrou maturidade ao saber sofrer, ajustar e competir em alto nível. Chegar à final com um elenco considerado inferior a outros que já comandou reforça o peso de suas ideias e o credencia, mais uma vez, como um técnico decisivo em competições mata-mata.
