Botafogo segue com problemas

O Botafogo vive um ano marcado por problemas em campo e, principalmente, fora dele. O núcleo da crise envolve o norte-americano John Textor, dono da SAF alvinegra, e a Eagle Football, em meio a uma disputa judicial que já resultou no afastamento do empresário da própria holding.

Em meio às tensões, o presidente do clube social, João Paulo Magalhães Lins, chegou a se reunir com outros acionistas da Eagle para discutir o futuro do Botafogo sem a presença de Textor, o que acentuou o desgaste entre as duas partes.

Rompimento nos bastidores

Agora, a situação interna piorou. Segundo o Globo Esporte, John Textor e João Paulo Magalhães Lins não se falam mais nos bastidores do Botafogo. A relação já foi de forte alinhamento, a ponto de João Paulo defender publicamente Textor durante a disputa pelo controle da SAF.

Porém, nas últimas semanas, a situação chegou ao seu ponto mais distante. Atualmente, ambos mantêm negociações paralelas e independentes sobre os rumos do clube.

O distanciamento se intensificou após João Paulo Magalhães Lins se reunir com Jean-Pierre Conte, outro acionista da Eagle Football, logo após a cerimônia da Bola de Ouro. O encontro discutiu caminhos possíveis para a SAF e para o futuro do Glorioso sem a participação direta de Textor.

RJ – RIO DE JANEIRO – 11/09/2025 – COPA DO BRASIL 2025, BOTAFOGO X VASCO – Joao Paulo Magalhaes atual presciente, John Textor CEO e Durcesio Mello ex presidente do Botafogo durante partida contra o Vasco no estadio Engenhao pelo campeonato Copa Do Brasil 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Até o momento, nem John Textor, nem o Botafogo emitiram posicionamentos oficiais sobre o rompimento interno. A torcida segue apreensiva diante da disputa jurídica entre Textor e a Eagle, processo que ainda não teve uma resolução definitiva. Dentro do clube social, João Paulo Magalhães Lins trabalha silenciosamente em alternativas caso o norte-americano deixe o comando da SAF.

Opinião do Antenados no Futebol

A crise do Botafogo é complexa e expõe um cenário que já ultrapassa o âmbito esportivo. Quem mais sofre é a torcida, que assiste à instabilidade institucional sem respostas claras. Textor precisa definir o que quer para o futuro do clube, enquanto João Paulo Magalhães Lins faz o que é possível ao buscar alternativas diante da incerteza sobre a continuidade do empresário no comando da SAF.