Internacional vive noite de revolta no Beira-Rio
Após empatar com o Bahia em 2 a 2 na noite deste sábado, no Beira-Rio, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Internacional enfrentou uma onda de protestos de sua torcida. O resultado, somado à sequência negativa na competição, aumentou a insatisfação dos colorados, que transformaram o pátio do estádio em palco de cobranças e críticas.
O presidente Alessandro Barcellos foi o principal alvo da revolta. Enquanto deixava o local, ouviu gritos de “renúncia” e ofensas por parte de torcedores inconformados com a fase do clube. O clima de frustração refletia a falta de confiança da torcida na direção e no desempenho do elenco dentro de campo.
Protestos e clima de tensão
Nem mesmo os jogadores escaparam das críticas. “Time que não chuta a gol”, “presidente, não pode se esconder” e “devolvam o Inter” foram algumas das palavras de ordem que ecoaram do lado de fora do Beira-Rio. Irritados com a apatia em campo, os torcedores também entoaram o coro de “Vergonha! Time sem vergonha!”, demonstrando o tamanho da insatisfação.
O técnico Ramón Díaz também foi hostilizado durante as manifestações. Parte dos colorados apontou falhas nas substituições e nas escolhas táticas do argentino, enquanto o restante apenas pedia mais comprometimento do elenco. Diante do tumulto, o Batalhão de Choque da Brigada Militar foi acionado para conter os ânimos. Apesar do nervosismo, ninguém ficou ferido e não houve registro de prisões.
Situação delicada no Brasileirão
Com o empate, o Internacional segue ameaçado pela zona de rebaixamento. A equipe ocupa a 15ª colocação, com 37 pontos, e está apenas quatro acima do Z-4, antes de Santos e Vitória entrarem em campo neste domingo. O desempenho irregular nas últimas rodadas mantém o torcedor em alerta e aumenta a pressão sobre o grupo.
Agora, o Inter terá um período de respiro por conta da Data Fifa antes de encarar o Ceará, no dia 20, na Arena Castelão. A partida será vista como decisiva para o futuro do time no campeonato e pode determinar o rumo da temporada, tanto dentro de campo quanto nos bastidores, onde a turbulência parece longe de acabar.
