Conselho do São Paulo libera nova operação financeira
O São Paulo avançou novamente no mercado financeiro ao obter autorização do Conselho Deliberativo para um empréstimo de R$ 25 milhões junto ao Banco Daycoval. A votação ocorreu em reunião extraordinária e confirmou mais uma intervenção emergencial no fluxo de caixa do clube.
Contudo, apesar do debate entre conselheiros, o resultado não trouxe qualquer risco à aprovação. Ao todo, 69,6% votaram favoravelmente, representando 142 votos, enquanto 46 se posicionaram contra e outros 16 preferiram se abster. Como a operação já havia passado pelo Conselho de Administração em agosto, o aval desta segunda etapa era essencialmente protocolar.
Portanto, o Tricolor chega ao fim de novembro com duas operações realizadas com o mesmo banco. Em meados do ano, o clube já havia recorrido ao Daycoval para captar R$ 50 milhões. Com o novo aporte, o São Paulo totaliza R$ 75 milhões emprestados em 2024.
Apesar disso, a diretoria não vê conflito entre os empréstimos e a criação do FIDC (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios), desenvolvido em parceria com as gestoras Galapagos e Outfield. Embora o fundo tenha sido estruturado para reduzir a dependência de bancos, o clube mantém a possibilidade de recorrer a empréstimos pontuais.
Planejamento financeiro prevê novas alternativas
Assim, caso a necessidade persista, o São Paulo ainda possui margem para buscar mais R$ 105 milhões até o fim de dezembro. A diretoria considera esse espaço como uma ferramenta estratégica para lidar com compromissos imediatos e preservar o funcionamento operacional do clube.
Nesse sentido, as operações recentes não ferem os acordos firmados na criação do FIDC. O fundo tem como meta captar R$ 240 milhões, valor destinado a substituir grande parte das dívidas bancárias do Tricolor e reorganizar o passivo financeiro acumulado nos últimos anos.
Direção tenta equilibrar transição financeira
Além disso, internamente, o clube avalia que a fase de transição entre o sistema de dívidas tradicionais e o FIDC exige manobras paralelas. Empréstimos pontuais, segundo dirigentes, evitam rupturas no orçamento e impedem atrasos em compromissos essenciais.
Por fim, a expectativa da gestão é que 2025 marque o início de um ciclo financeiro mais estável, com menor exposição a bancos e maior previsibilidade de receitas. Até lá, operações como a aprovada nesta semana seguem fazendo parte da estratégia tricolor para sustentar sua rotina administrativa.
