O contexto do cartão amarelo
A vitória do Atlético-MG no fim de semana em cima do Mirassol, pelo Brasileirão, teve um episódio extracampo que acabou roubando parte dos holofotes: o cartão amarelo dado a Hulk, ainda no segundo tempo.
O árbitro relatou que a advertência aconteceu por conta do comportamento interpretado como reclamação. Segundo a visão dele, Hulk teria demonstrado gestos considerados excessivos do banco, mesmo sem diálogo direto com a arbitragem.
O contexto aumentou o peso da situação, já que Hulk havia recentemente deixado a faixa de capitão justamente para evitar atritos com a arbitragem, de acordo com o jogador.
O desabafo do atacante
Hulk disse que o ato de abdicar da posição de capitão era pensado em evitar contato com a arbitragem. Em sequência, Hulk comentou sobre seu esforço para a família:
“Cara, tem coisas que são surreais. Eu já tomei cartão por reclamação? Já. Assumo. Tanto que eu parei de usar a braçadeira de capitão para não ter que me comunicar com os árbitros, para não tomar cartão. Mas hoje é surreal, gente. Pelo amor de Deus. Eu sou pai de família, eu trabalho a semana inteira [embarga a voz], e o cara faz isso aí, velho?”, disparou o camisa 7.
O atacante ainda destacou o peso que a situação tem fora de campo: “Você vai para casa agora, fica um monte de gente que não estava no estádio, que não sabe o que aconteceu, e você vai como culpado, porque os caras vão para casa e com certeza não vão dormir bem. Mas a gente que trabalha a semana inteira, está aqui dando a vida, está ali no campo torcendo para o time e o cara me dá amarelo sem eu falar nada?”.
“Cara, tem coisas que são surreais. Tem que averiguar isso”, completou Hulk, pedindo que a decisão seja analisada pela comissão de arbitragem.
