Fluminense em busca de grande arrecadação

O Fluminense celebrou um avanço decisivo nesta terça-feira, quando o projeto de lei finalmente deu entrada na Câmara Municipal do Rio. Dessa forma, a partir da assinatura do presidente do Legislativo, Carlo Caiado, a Operação Urbana Consorciada das Laranjeiras iniciou seu trâmite oficial, abrindo caminho para a liberação da venda de até 103 mil m² de potencial construtivo. Diante desse cenário, o clube projeta arrecadar algo entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões.

Após o protocolo da proposta, tornou-se evidente que o estádio Manoel Schwartz passará pela maior intervenção de sua história. Contudo, o tombamento exige cuidados especiais. A capacidade deve ficar próxima de 7 mil torcedores, com arquibancadas renovadas, nova estrutura coberta para cerca de 700 pessoas, gramado sintético e sistemas modernos de drenagem, irrigação e iluminação. Além disso, o complexo ganhará cabines de imprensa reformadas, áreas de alimentação, banheiros e rotas de emergência padronizadas.

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Portanto, nenhum centavo poderá ser usado para abater dívidas, pagar funcionários ou sustentar uma SAF. A legislação determina que todo o montante vá exclusivamente para melhorias estruturais nas Laranjeiras e no CT Carlos Castilho. Assim, o clube projeta uma modernização profunda e duradoura, sem risco de desvio de finalidade.

Em paralelo, o projeto prevê melhorias significativas na sede. Quadras serão reconstruídas, áreas técnicas ganharão nova configuração, o estacionamento terá 145 vagas e o parque aquático será modernizado. Entretanto, o ponto que mais chama atenção é a restauração completa do teatro e a ampliação das áreas de convivência. Também haverá intervenções no entorno, com paisagismo, iluminação pública reforçada e acessibilidade aprimorada.

Centro de treinamento também entra no pacote

Além disso, finalização da área de hotelaria, novos gramados e reformas gerais. O planejamento ainda considera a compra de terrenos vizinhos, o que permitirá unir estruturas de Xerém ao ambiente profissional. Segundo a direção, isso facilitaria a integração entre base e principal, hoje separados por longas distâncias.

Ao mesmo tempo, o clube quer ampliar sua atuação comunitária na Cidade de Deus. A diretoria planeja criar uma escola do Fluminense no local e adotar um campo da região. A iniciativa inclui reforma completa do espaço, fornecimento de material esportivo e atuação permanente de professores do clube.

CT das Laranjeiras.

Presidente cita dívida histórica com as Laranjeiras

Nesse sentido, durante o anúncio, o presidente Mário Bittencourt ressaltou o valor simbólico da obra. “O Fluminense foi pioneiro ao construir um estádio para grandes públicos quando ninguém fazia isso. Depois, parte da nossa casa foi demolida para abrir a Avenida Pinheiro Machado. Hoje, a cidade devolve ao clube a possibilidade de reconstruí-la”, declarou o dirigente. Contudo, ele reforçou que toda arrecadação será fiscalizada por um Conselho Consultivo com participação da Prefeitura, Câmara, SPE, clube e moradores.

Por fim, o texto começa agora a tramitar nas comissões temáticas antes de ir ao plenário. A expectativa é de que a comercialização do potencial construtivo possa ocorrer entre o fim de 2026 e o início de 2027. Porém, a prioridade legislativa inclui São Januário, o Autódromo de Guaratiba e o Parque Imagine. Somente após essas etapas as Laranjeiras entrarão na ordem de votação. Sobre o impacto geral, Carlo Caiado afirmou: “Esse modelo fortalece o esporte, traz investimentos e melhora o Rio como um todo.”