Atlético-MG adota estratégia própria para 2026

O Atlético-MG iniciou uma ampla reorganização interna mirando o planejamento esportivo e administrativo da temporada 2026. O processo envolve mudanças no departamento de futebol e na gestão da SAF, com foco em sustentabilidade sem perda de desempenho.

Nesse cenário, a principal alteração ocorreu no comando executivo, com a chegada de Pedro Daniel para substituir Bruno Muzzi no cargo de CEO. Com passagem por projetos relevantes no Flamengo e no Palmeiras, o dirigente passou a ser questionado sobre a possibilidade de repetir, no Galo, o modelo adotado no clube carioca a partir de 2013.

Comparação com o Flamengo

Contudo, o próprio CEO tratou de afastar essa hipótese ao destacar que os contextos são completamente distintos. Segundo ele, o Atlético não vive hoje a mesma realidade financeira e estrutural enfrentada pelo Flamengo naquela época.

O momento de mercado era outro, o contexto era outro. Não existia lei da SAF nem alternativas de capital como hoje. Se eu fosse contratado para o Flamengo atualmente, o remédio certamente seria diferente, afirmou Pedro Daniel.

Além disso, o dirigente relembrou que a reestruturação rubro-negra exigiu anos de cortes severos e sacrifícios esportivos antes de resultar em conquistas expressivas. “Foi um projeto orgânico, com cortes fortes no início para, só no médio prazo, o clube voltar a ser competitivo. Os títulos vieram apenas anos depois”, explicou.

CEO do Atlético-MG, Pedro Daniel. Foto: Pedro Souza / Atlético-MG mude tudo

Palmeiras é referência

Portanto, Pedro Daniel deixou claro que o Atlético-MG não pretende abrir mão da competitividade no curto prazo. Para ele, repetir aquele modelo hoje representaria riscos excessivos. “Se fizermos isso agora, perderemos competitividade. O futebol hoje não permite essa margem de erro, e não é o que queremos”, destacou.

Por fim, o CEO apontou que o Galo busca um caminho mais próximo ao do Palmeiras, com integração entre base e futebol profissional, geração de receitas com transferências e crescimento sustentável, sem comprometer o presente esportivo.