Início ativo de Depay pelo Corinthians
No primeiro tempo pelo Corinthians, Memphis Depay apresentou uma atuação participativa, embora irregular, refletindo bem o momento coletivo do Corinthians. Desde início, o atacante buscou se envolver na construção, recuando para ajudar na saída de bola e tentando acelerar as transições pelo corredor central.
Essa postura, trouxe riscos. Aos 21 minutos, por exemplo, errou um passe no meio e entregou a posse ao Vasco, permitindo uma sequência de pressão do adversário. Ainda assim, Memphis foi importante na recomposição e chegou a liderar a pressão alta, como no desarme em cima de Cuesta que gerou finalização perigosa de Bidon aos 12 minutos.
Por outro lado, o holandês viveu momentos de frustração. Aos 25 minutos, apareceu bem posicionado na pequena área e empurrou para o gol após finalização mascada de Yuri Alberto, mas teve o lance corretamente anulado por impedimento.
Já perto do intervalo, aos 44, mostrou boa leitura ao receber dentro da área, girar sobre a marcação e preparar a finalização, porém escorregou no momento decisivo e desperdiçou uma das melhores chances do Corinthians no primeiro tempo. Portanto, Memphis encerrou a etapa inicial como peça ativa e influente, mas com falhas técnicas pontuais que impediram uma atuação mais decisiva no placar.
Holandês continuou como principal referência
No segundo tempo, Memphis Depay seguiu como uma das poucas referências técnicas do Corinthians em meio à queda coletiva de rendimento. Mesmo com a equipe sofrendo para trocar passes e sendo empurrada pelo Vasco para o campo de defesa, o atacante manteve participação ativa, aproximando-se dos laterais e tentando dar fluidez pelo lado esquerdo.
A principal ação veio aos 35 minutos, quando participou de uma boa triangulação com Bidu, entrou no ritmo da jogada e ajudou a construir a melhor chance do Corinthians na partida, culminando na defesa decisiva de Léo Jardim após finalização de Yuri Alberto — lance depois anulado por impedimento, mas que evidenciou sua capacidade de leitura e associação ofensiva.
Além disso, Memphis também foi importante nas bolas paradas, cobrando escanteio com precisão aos 27 minutos para a cabeçada perigosa de Gustavo Henrique, que saiu pelo lado de fora da rede. Apesar da entrega e da tentativa constante de ser protagonista, o holandês acabou prejudicado pelo baixo nível de apoio e pela dificuldade do time em sustentar posse no campo ofensivo.
Saída de Depay bastante criticada
Assim, sua saída aos 38 minutos do segundo tempo refletiu mais o desgaste físico e a necessidade de ajustes táticos do que propriamente uma atuação negativa. A substituição, porém, não agradou a torcida, que reagiu com vaias e protestos nas arquibancadas da Neo Química Arena, demonstrando o desejo de ver Memphis Depay permanecer em campo até o apito final.
Dessa forma, para os torcedores, o holandês ainda era o jogador mais capaz de sustentar o ataque e criar desequilíbrios, o que tornou a decisão da comissão técnica ainda mais contestada naquele momento do jogo.