Rayan marcou em Vasco x Juventude
Rayan, joia do Vasco, iniciou o primeiro tempo bastante participativo e ligado nas ações ofensivas. Logo nos minutos iniciais, mostrou boa leitura de jogo ao atacar a área nas aproximações de Piton e Coutinho, além de auxiliar na construção com movimentações curtas. Seu primeiro grande momento ocorreu aos 12 minutos, quando puxou o contra-ataque após desarme de Coutinho e sofreu a falta que manteve o Vasco instalado no campo adversário.
A jogada demonstrou sua agressividade para atacar espaços e sua velocidade para acelerar transições, dois pontos que deram vantagem territorial ao time. Pouco depois, aos 27 minutos, coroou esse bom início com o gol: posicionou-se corretamente entre os zagueiros, atacou o cruzamento de Piton com tempo perfeito e cabeceou firme, obrigando Jandrei a defender parcialmente antes de a bola morrer nas redes. A leitura de posicionamento e o ataque ao primeiro pau mostraram maturidade típica de um finalizador nato.
Com o passar do tempo, porém, Rayan perdeu intensidade sem deixar de aparecer em momentos pontuais. Aos 31 minutos, recebeu belo lançamento de Coutinho, atacou o espaço pela esquerda e finalizou com força, exigindo grande defesa de Jandrei; a jogada evidenciou sua capacidade de romper linhas partindo de trás, além de confirmar que foi um dos jogadores mais perigosos do Vasco no primeiro tempo.
A partir dos 35 minutos, com o Juventude ganhando confiança e explorando erros defensivos do Vasco, o jovem atacante passou a participar menos, já que o time recuou e deixou de conectar passes verticais que poderiam acioná-lo em velocidade. Mesmo assim, dentro do que o time produziu, Rayan foi o jogador mais contundente da etapa inicial, somando presença ofensiva, boa execução técnica e sendo decisivo no placar.
Segundo tempo de muitas dificuldades
Rayan voltou para o segundo tempo tentando participar mais da construção ofensiva, mas encontrou dificuldades diante da compactação do Juventude e da queda coletiva do Vasco. Logo no início, foi alvo do escanteio aos 2 minutos, quando Jandrei solta a bola e a jogada quase gera finalização de Nuno. Pouco depois, aos 6 minutos, ele mesmo cobrou curto um escanteio na primeira trave, mas não conseguiu criar vantagem e viu a defesa adversária neutralizar a jogada.
Aos 9 minutos, tentou acelerar em profundidade após passe de Coutinho, porém a conexão saiu forte demais, o que limitou mais uma oportunidade de infiltração. Em meio a um time que piorava tecnicamente, Rayan passou a atuar mais distante da área e perdeu influência direta nos lances de maior perigo.
Rayan acabou apagado na partida
Contudo, mesmo com menor presença ofensiva, Rayan mostrou senso de responsabilidade defensiva em momentos decisivos. Aos 25 minutos, após a finalização de Mandaca explodir no travessão, foi ele quem apareceu para afastar o rebote em definitivo, evitando que o Juventude ampliasse o placar. No entanto, a partir dos 35 minutos, quando o Vasco se lançou por completo ao ataque, o atacante praticamente deixou de ser acionado, já que o time passou a apostar em cruzamentos e bolas longas para Vegetti.
Por fim, aos 40 minutos, ainda tentou participar de uma jogada, mas caiu sem apoio e perdeu a disputa que originou um contra-ataque perigoso do Juventude. Assim, o segundo tempo de Rayan foi marcado por intensidade defensiva pontual, mas pouca influência ofensiva, refletindo o declínio coletivo do Vasco na etapa final.
