Veiga apagado na etapa inicial pelo Palmeiras
Raphael Veiga, meia do Palmeiras, apresentou um primeiro tempo discreto na Vila Belmiro, ofuscado pelo domínio territorial do Santos. Apesar de ter se movimentado entre as linhas para tentar criar espaços, o meia encontrou dificuldades diante da marcação intensa de João Schmidt e Zé Rafael.
Ainda assim, demonstrou boa leitura tática ao se aproximar de Bruno Rodrigues para tentar puxar o contra-ataque em velocidade. Aos 7 minutos, apareceu pela primeira vez de forma efetiva, finalizando de fora da área. A bola desviou na defesa e gerou escanteio, na única chegada perigosa do Palmeiras na primeira metade.
Contudo, após esse lance, Veiga ficou isolado, sem conseguir conectar os setores do meio e ataque. A ausência de um centroavante de referência prejudicou suas tentativas de infiltração, e a equipe acabou forçada a se defender mais do que atacar.
O camisa 23 buscou alternativas, recuando em alguns momentos para participar da construção, mas faltou apoio e ritmo ofensivo. Assim, o desempenho do meia foi mais de sacrifício tático do que de protagonismo criativo, evidenciando a dificuldade coletiva do Palmeiras em encontrar fluidez no setor ofensivo.
Segundo tempo mais participativo
No segundo tempo, Raphael Veiga manteve uma postura mais participativa e buscou conduzir o Palmeiras à frente, especialmente após a entrada de Luighi e Flaco López. Logo nos primeiros minutos, o camisa 23 demonstrou maior mobilidade e assumiu a responsabilidade nas bolas paradas.
Foi dele, inclusive, o passe que iniciou a melhor jogada alviverde aos 2 minutos, quando abriu para Luighi finalizar e obrigar Brazão a uma grande defesa. A partir daí, Veiga passou a comandar a maioria das cobranças de falta e escanteio, tentando aproveitar o jogo aéreo de Murilo e Flaco, mas encontrou forte resistência da defesa santista.
Faltou criatividade para Veiga
Apesar do volume ofensivo, Veiga não conseguiu transformar o domínio territorial em efetividade. Nas bolas paradas, até manteve precisão nas cobranças, mas faltou criatividade nas jogadas com a bola rolando. Quando o Santos marcou com Rollheiser aos 45 minutos, o meia tentou acelerar a transição e buscou jogadas rápidas, porém esbarrou na boa compactação do time da casa.
Nos acréscimos, ainda tentou um último escanteio que foi afastado pela defesa, encerrando uma atuação correta, mas sem brilho. Assim, Veiga terminou o clássico como um dos mais participativos do segundo tempo, embora sem conseguir mudar o rumo de um resultado que acabou sendo frustrante para o Palmeiras.
