Crespo apostou em São Paulo com posse

Hernán Crespo, técnico do São Paulo, iniciou a partida com uma proposta de domínio territorial, apostando em posse de bola e controle pelos corredores laterais. A ideia do treinador argentino ficou clara nas movimentações de Cédric Soares e Enzo Díaz, que buscaram constantemente amplitude para abrir a defesa do Ceará.

No entanto, a equipe enfrentou dificuldades na criação de jogadas pelo centro, dependendo de lances individuais de Rodriguinho e da presença de Luciano na área. Mesmo quando conseguiu acelerar, o São Paulo esbarrou na boa compactação defensiva do adversário, que aproveitou espaços para contra-atacar com Pedro Raul e Galeano.

Apesar de ter terminado o primeiro tempo com as melhores chances, incluindo a bola no travessão de Rodriguinho e o cabeceio perigoso de Luciano, o São Paulo demonstrou problemas de eficiência na definição das jogadas. Crespo tentou manter a intensidade após a saída de Tolói, mas a mudança obrigatória com Sabino quebrou a solidez inicial da defesa. Ainda assim, a equipe se manteve organizada, mas sem transformar posse em vantagem real.

Crespou aumentou o poder ofensivo do São Paulo

No segundo tempo, Crespo tentou dar mais profundidade ao ataque com a entrada de Lucas Moura e, posteriormente, Lucca e Dinenno. A ideia era explorar a velocidade pelos lados e aumentar a presença na área, buscando superar a linha defensiva compacta do Ceará.

No entanto, o time acabou ficando previsível, insistindo em cruzamentos e bolas aéreas, facilmente neutralizados pela defesa cearense. A equipe ainda criou chances pontuais, como o cabeceio de Luciano e a bola na trave de Ferreira, mas pecou novamente na finalização.

Ceará aproveitou falha defensivo do Tricolor

Enquanto isso, o Ceará soube aproveitar melhor suas transições e explorou os erros do São Paulo. O gol de Pedro Henrique, em jogada construída pela esquerda, simbolizou a eficiência do time visitante em contraste com a lentidão do Tricolor nas recomposições.

A desorganização após sofrer o gol obrigou Crespo a lançar o time para frente, mas o excesso de pressa gerou espaços e deixou a defesa exposta. No fim, o São Paulo pressionou, chegou a reclamar de lances polêmicos, mas não conseguiu transformar volume de jogo em resultado, saindo vaiado do Morumbis diante de um Ceará mais inteligente e eficaz.